Entrevistas

 
NÉLIO
FABRÍCIO
‘’… as minhas aspirações para o futuro são as mesmas que tenho actualmente, divertir-me e divertir os outros quando estou a pôr música..’’










Nélio Fabrício é um dos nomes mais conhecidos, a nível regional, no que toca a música de dança, nomeadamente o house. Já foi residente em várias discotecas madeirense com destaque para as Vespas, Molhe e Chameleon. Mostrou ser muito prestável e simpático e respondeu às nossas questões sem qualquer tipo de problema. O DJ vai actuar brevemente em diversos bailes de várias escolas secundárias da região, com destaque para a escola Jaime Moniz onde vai partilhar cabine com outros DJ’s regionais e com um dos DJ’s portugueses mais conhecidos no estrangeiro, Pedro Cazanova.



Há quanto tempo é DJ? Sou DJ há 15 anos, comecei em 1995.
De onde veio essa paixão? Como entrou para este mundo? Esta paixão vem do enorme gosto que tenho pela a música, já quando era miúdo comprava discos fazias festas passava horas e horas com auscultadores nos ouvidos, sempre a ouvir música, todos os dias ouço música ( lol). Penso que tudo começa aqui e entro efectivamente para para o mundo do Djing. Além disso, é nessa altura que entro também para a rádio, mais música (risos)



 
Neste momento esta a trabalhar onde? Neste momento e na qualidade de DJ, sou “freelancer”, actuo em vários sítios, desde clubs, bares, discotecas e eventos ao vivo. Sou também animador de rádio na antena 3 e ainda tenho uma actividade diária como consultor numa empresa de informática, do qual sou gestor de cliente de uma plataforma electrónica. Além de tudo isto, apresento uma rubrica semanal de Jogos de Vídeo na RTP-Madeira no programa Irreverência.
O que pretende para o futuro da sua carreira com DJ? Neste momento as minhas aspirações em termos de Dj para o futuro são as mesmas que tenho actualmente, divertir-me e divertir os outros quando estou a pôr música.
Já foi residente em alguma discoteca madeirense? Sim já tive algumas residências, onde destaco as Vespas, Molhe e Chameleon.
Ate agora qual foi o ponto alto da sua carreira? Não consigo especificar um momento alto nesta minha actividade como DJ, foram vários os momentos que já vivi e extraordinários, onde se destacam claro algumas actuações de eventos ao vivo ao lado de grandes dj’s internacionais e à frente estarem milhares de pessoas a dançar.
Já partilhou cabine ‘’cabine’’ com algum DJ internacional? Sim já toquei com vários dj’s internacionais em algumas festas ‘outdoor’ que tive o privilégio de participar, onde acturam por exemplo Jesus del Campo, Alex Gaudino, Laidback Luke, Jim Masters, Yves Larock, Sebastien Leger, Jiggy, Dj Vibe, XL Garcia, Luis Leite, Carlos Manaça etc.

Já pensou em fazer algum tema original? Sim já, até já o fiz, mas nunca dediquei muito tempo à produção de música electrónica porque é necessário muito tempo, e a minha cena é mais meter música (risos).
















 
O que acha da noite madeirense? Infelizmente tenho uma opinião sobre a noite madeirense um tanto ao quanto negativa. O actual momento de crise que se vive, faz com que muitas pessoas não tenham motivos para andar a celebrar semanalmente em bares, discotecas, restaurantes etc, pois sair à noite sai caro. Depois cá na Madeira, a vida nocturna propriamente dita resume-se à cidade do Funchal, onde temos poucas casas que oferecem alguma diversão sem ser muito variada. A massificada “Ladies Night” é o recurso para garantir ainda algumas pessoas na noite, o que não me parece ser um bom negócio para os estabelecimentos, mas isso são contas de outro rosário. Além disso no que concerne à sonoridade, praticamente todas as casas têm estilos iguais, o que acaba por ser um pouco limitativo para quem procura alternativas ao que é mais do que popularizado “som comercial”. Não nos podemos esquecer que temos um mercado nocturno pequeno, há que agradar o maior número de pessoas, basicamente é isso.

Onde vai actuar nas próximas semanas que se seguem? Tenho algumas datas marcadas para alguns Bailes de Finalistas, onde se destacam as Escolas da Colombo, Barreiros, Liceu e Levada.
Tem algum artista em que se inspire e que tenha o sonho de trabalhar? Tenho vários, gostava de um dia tocar numa festa com David Guetta, Deadmau5, Erick Morillo entre outros, este último uma verdadeira inspiração para todos os DJ’s.

O que acha da industria internacional da música na actualidade? É uma pergunta que poderá ter várias respostas e opiniões distintas. Mas a que me parece mais adequada é o cenário de um mercado muito feroz e competitivo, em que existem grandes artistas de enorme qualidade onde todos os dias trabalham e produzem música ao lado dos melhores, com grandes máquinas de marketing montadas para a promoção e exposição mundial do seu trabalho do qual todos os dias entram na nossa vida através dos variados meios para o efeito, como as redes socias na web, a televisão a rádio são os mais recorrentes para a mostra desta indústria.

O que tem planeado para um futuro próximo? Não faço muitos planos para o futuro no que diz respeito a esta minha actividade de DJ, penso sim, continuar a trabalhar e a acompanhar a evolução natural desta área artística e com isso divertindo-me em simultâneo, o que é importante é ser-se feliz e gostarmos de fazer aquilo que fazemos  <

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                          JORGE
SALGUEIRO 
MÚSICA É SEDUÇÃO

           

Podem considera-lo excêntrico, diferente, criativo ou simplesmente ARTÍSTA. Para Jorge Salgueiro a música é amar. Chegou ao ponto de nos pedir desculpa pelas respostas que estava a dar à nossa entrevista. Ser diferente, foi o principal objectivo do maestro e como ele próprio disse a música é arte e arte é originalidade e criação. Não nos quis dar respostas óbvias nem previsíveis mas sim preferiu adoptar uma estratégia bem mais divertida e original, e decerto que o consegui fazer.  
De onde vem o seu gosto pela música? Não sei. Consegues explicar as tuas paixões? As coisas mais belas não têm explicação e por isso não consigo explica-la.
Com que idade começou a compor músicas? Componho regularmente desde os 14 anos e dirijo obras minhas desde os 17 anos.
Em que universidade se formou? Nunca estudei, a única habilitação que tenho é a de ser multimilionário pois jogo sempre no euromilhões. Habilito-me.
Onde vai buscar tanta imaginação para compor as várias obras que lhe são propostas? São estratégias de sedução, quando tiver a mulher que amo deixo de compor.
 
 
Acha ter muita cultura musical? Muito pouca. Isso é para os intelectuais, os críticos, os professores, os musicólogos. Entre o amante e o ginecologista prefiro ser o amante.
Existe alguma pessoa que considere ser uma boa referência para si? Todas as pessoas são uma referência, amo pessoas. Amo mesmo.
Qual o seu compositor favorito? Eu próprio.
Acha que em Portugal é dado o merecido valor à música e ao trabalho desenvolvido pelos vários compositores e músicos? Não faço a mínima ideia, cada um que fale por si. A mim não é: todas as religiões me deviam venerar, nos boletins de votos escreverem o meu nome e colocarem a cruz à frente, todas as mulheres se deviam divorciar para virem viver comigo, as fábricas de CD imprimirem apenas os meus trabalhos, a minha música em exclusivo nas rádios e televisões, etc.
O que achou da opera “Orquídea Branca? Correspondeu aos seus objectivos? Não. Gostaria que me tivesse tornado multimilionário, famoso em todo o mundo e me deixasse nos braços a mulher que amo.
Quais são as expectativas para a opera “O Salto”? Tornar-me multimilionário, famoso em todo o mundo e me deixe nos braços a mulher que amo.
Acha que deveria ser implementado o estudo da música no ensino Secundário, como disciplina não obrigatória? Não faço a mínima ideia. Há pessoas que se dedicam a estudar essas coisas, elas que opinem. Eu sou compositor. <